sábado, 30 de março de 2013

Realismo inacreditável

Na verdade, chama-se hiperrealismo exatamente por isso! E, embora o senso comum insista em chamar de dom, eu continuo acreditando na fórmula do estudo intenso e da paciência.

Bryan Drury, por exemplo, dedicou toda sua vida à arte e alcançou o nível em que se encontra por mérito próprio. O que eu acredito que tenha de "benção" aqui talvez seja seu QI elevado e sua habilidade de observação. Nascido em 1980, Drury é de Salt-Lake City, em Utah, frequentou o curso de Belas Artes da University of Utah de 1996 a 98, ganhou uma bolsa de estudos em Colorado e, em 2004, fez um semestre na universidade de Praga. Também recebeu outros prêmios e congratulações que o permitiram viajar e expor seu trabalho pelo mundo. Terminou seu mestrado com honra em 2007, na linha de pintura figurativa - uma pintura que se faz daquilo que se pode observar.

Sua série mais recente consiste em 6 pinturas a óleo que estão sendo exibidas na galeria Dean Project, juntamente com outros trabalhos mais antigos. A exposição recebeu o nome de "Recent works - Antibiosis", por mostrar retratos extremamente detalhistas que chamam a atenção pelos "defeitos" apresentados nos rostos. Para executar o trabalho, Drury pediu que conhecidos seus pertencentes à aristocracia posassem para ele. Em cada foto, é possível observar os olhares de desdém daquelas pessoas que acreditam estar acima da sociedade. Os fundos com cores sólidas acentuam a sensação de isolamento passada por aquelas pessoas, ao mesmo tempo em que possibilita um direcionamento da luz diretamente para elas; uma iluminação e um jogo de sombras que nos permite ver cada detalhe, cada ruga, veia ou pelo. Os rostos imperfeitos contrastam com sua vaidade e com a identidade que se esforçam para manter diante de seu status social.









domingo, 24 de março de 2013

Polonês versátil

Marcin Sonski nasceu em Wroclaw, Polônia, onde aprendeu a tatuar, há 8 anos. Mudou-se para a Irlanda em 2007 e está desde 2010 trabalhando no estúdio Zulu Tattoo, em Dublin. Ele é capaz de atingir misturas de cores fabulosas, que resultam em obras realistas e tridimensionais e - o que mais me agrada - pouco convencionais!










sábado, 16 de março de 2013

R.I.P. Shannon Larratt

Esse cara merece todas as homenagens que tem recebido. Deixou um enorme legado, apesar de uma vida curta.

E num momento desses, ontem, ainda me deparei com um comentário babaca de um pseudo-elitista que ainda encontra motivo para falar de episódio passado, completamente alheio e criticar atitudes, sendo um dos que menos poderiam fazer crítica... no melhor estilo "inconveniência-não-tem-limite". E uma coisa o Shannon não conseguiu fazer e eu acredito que ninguém consiga: acabar com a hierarquia que assolou também o mundo da modificação corporal. Pois é, até os excluídos, que sofrem com preconceito e intolerância são, quem diria, intolerantes!